Sindicato Rural de Cascavel apresenta o Programa Agrinho para escolas do município
O Sindicato Rural de Cascavel, através da Comissão Feminina, está levando o Programa Agrinho, do Sistema FAEP/Senar-PR para as escolas particulares de Cascavel. A iniciativa busca fomentar a disseminação de informações verídicas sobre o agronegócio brasileiro para crianças e adolescentes de todo o estado.
Para a Presidente da Comissão Feminina do Sindicato Rural de Cascavel Maria Beatriz Orso, o programa oferece uma oportunidade única dos alunos se conectarem com a agricultura através de uma lente de conhecimento técnico e didático.
“Quando olhamos para o histórico da nossa região, o Programa Agrinho sempre esteve presente como uma ferramenta de impacto social sólido e transformador. São muitas as escolas públicas e privadas que utilizaram o programa para ensinar seus alunos”, explica Beatriz.
Maria ainda explica que muitos alunos e professores do oeste paranaense já foram premiados em Curitiba pelos materiais produzidos em sala de aula. Para o Presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Orso, o programa ganha ao aproximar por diferentes frentes a escola e o campo.
“O conhecimento vem através da verdade, dos dados e da ciência. A FAEP é uma amiga e apoiadora incondicional do desenvolvimento científico e sustentável e ter um Programa focado na educação das crianças e adolescentes dentro do sistema é uma verdadeira honra para os Sindicatos”, afirma Paulo Orso.
Mas o que é Programa Agrinho?
Agrinho é o maior programa de responsabilidade social do Sistema FAEP, resultado da parceria entre o SENAR-PR, FAEP, o governo do Estado do Paraná, mediante as Secretarias de Estado da Educação e do Esporte, da Agricultura e do Abastecimento, da Justiça, Família e Trabalho e do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, bem como com a colaboração das Prefeituras municipais e diversas empresas e instituições públicas e privadas.
O Programa completa 26 anos de trabalho no Paraná. Concebido em 1995, foi à campo em 1996, levando às escolas da rede pública de ensino uma proposta pedagógica baseada em visão complexa, na inter e transdisciplinaridade e na pedagogia da pesquisa. Anualmente, o programa envolve a participação de aproximadamente 800 mil crianças e mais de 50 mil professores da educação infantil, do ensino fundamental e da educação especial, estando presente em todos os municípios do Estado.
Criado com o objetivo de levar informações sobre saúde e segurança pessoal e ambiental, principalmente às crianças do meio rural, o Programa se consolida como instrumento eficiente na operacionalização de temáticas de relevância social da contemporaneidade dentro dos currículos escolares.
Especialistas altamente qualificados, de renome nacional e internacional, de diversos grupos de pesquisa que trabalham em rede, fundamentam as informações que compõem o material didático preparado com exclusividade para o Programa. Pelo incentivo à pesquisa, defende-se uma educação crítica, criativa, que desenvolva a autonomia e a capacidade de professores e alunos assumirem-se como pesquisadores e produtores de novos conhecimentos.
Desde seu início em 1996, os professores e alunos recebem com entusiasmo e dedicação as atividades do Programa Agrinho, a cada ano, esse trabalho vem se superando em qualidade e criatividade.
As escolas interessadas em trabalhar com o Programa Agrinho devem buscar o Sindicato Rural de sua cidade para entender a melhor maneira de aplicar o Programa em suas instituições. Com isso, a mobilizadora irá agendar os cursos com os docentes para qualificá-los, proporcionando aos mesmo todo o amparo necessário.
Programa Agrinho tem enfoque em sustentabilidade, agroecologia, desenvolvimento científico e ética
Por meio de uma variedade de materiais educacionais, o Agrinho tem contribuído significativamente para o processo de aprendizagem das crianças, especialmente na fase da alfabetização.
Um dos recursos mais eficazes do Programa Agrinho na educação infantil é o Alfabeto Móvel e o Material Simbólico. Esses recursos auxiliam no processo de alfabetização, permitindo que os estudantes formem palavras por meio da combinação de letras. Além disso, o Material Simbólico prepara os alunos para entenderem conceitos matemáticos, facilitando a transição do concreto para a abstração e possibilitando a realização das quatro operações matemáticas.
Já os materiais “Descobrindo o Mundo” e “Investigando o Ciclo da Água” auxiliam os alunos a explorarem temas relevantes como meio ambiente, saúde e produção. Esses materiais são enriquecidos com imagens e narrativas envolventes, tornando o aprendizado mais dinâmico e significativo para os alunos.
Outro destaque do Agrinho é o material “Tecendo Conexões: Ciência, Inovação e Ética”, que promove discussões sobre questões ambientais, sustentáveis, éticas e de produção. Esses materiais, disponibilizados em formato de revista, incentivam os alunos a refletirem sobre práticas sustentáveis e a adotarem um estilo de vida mais consciente.
“Todos os materiais do Programa Agrinho são adaptados também para os alunos das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes), garantindo uma inclusão sólida e pedagógica para todos os alunos do Paraná”, explica Paulo Orso.
O Presidente do Sindicato Rural também pontua o amparo pedagógico que o Sistema fornece através do Agrinho. “A juventude muda e a forma de se comunicar com ela também. Busca-se através do agrinho educar de forma assertiva, respeitando os estágios de crescimento e incentivando o pensamento crítico”, explica Orso.
Como o Agrinho aborda os agrotóxicos?
“Hoje, toda citação relacionada aos defensivos agrícolas presente no Agrinho é acompanhada por orientações de segurança e proteção. O agronegócio entende a importância do cuidado e da saúde, mas principalmente, entendemos que é com informação verdadeira e com instruções técnicas que os produtores, desde criança, se preparem para lidar com os defensivos”, afirma Paulo Vallini.
O diretor secretário do Sindicato Rural finaliza lembrando que algumas empresas inclusive já patrocinaram o Agrinho pois reconhecem a importância das pessoas entenderem a relevância do EPIs desde cedo. “Ensina as crianças que elas não devem mexer nos defensivos quando jovens sem a presença dos pais e, após adultos, apenas seguindo todas as normas necessárias com os equipamentos adequados”, comenta Vallini.